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quinta-feira, 10 de junho de 2010

Delírios. Olavo Bilac


Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais, ela dizia:
– Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!

Na inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca obedecia,
E os seus seios, tão rígidos mordia,

Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.
Em suspiros de gozos infinitos
Disse-me ela, ainda quase em grito:
– Mais abaixo, meu bem! – num frenesi.

No seu ventre pousei a minha boca,
– Mais abaixo, meu bem! – disse ela, louca,
Moralistas, perdoai! Obedeci....
Olavo Bilac

Por: Wcastanheira Confesso que exitei antes de postar a poesia erótica Bilaquiana, faz pouco tempo q li esta pérola, onde delicadamente ele admite um prazer invertido, pervertido, uauau uma delícia saber q o vate patriótico, tinha lá seus delírios, tb, viu? Pra vcs bjos e bjos.

7 comentários:

  1. Mas que obediência mais danada de boa!! Bilac era um poeta muito obediente... rs
    Adorei a escolha!!
    Sexo e desejo são atemporais... Graças a Deus, né?!
    Beijos obedientes tb!! rs
    Helô

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  2. Desobedeça, invente, ouse, meu amigo! rsrsrs
    Bjkas, muitas!

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  3. oooo trem bão!!!!! bom final de semana poeta querido.

    bjosss...

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  4. Gostei...um poema ousado e com um toque bem humorado...
    Quem não tem seus próprios delíros, sejam comportados ou mais ousados, que atire a primeira pedra...rsrsss...
    Beijos pra ti...
    Valéria

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