Só por hoje, pensei que estava louco, louco? Louco sim, maluco de dar dó, pois, andei pelas ruas e vi crianças brincando na praça, jogando bola nas ruas e os guardas sentados, batendo um bom papo, vi os carros andando lentamente observando o espaço destinado aos pedestres e respeitando a criançada, hoje só hoje, pensei estar louco. mas, louco? É, doido varrido, vi um casal de velhinhos passeando de mãos dadas, vi um casal de namorados aos beijos no jardim da praça e... pasmem, vi um pipoqueiro parado à porta de um belo cinema e crianças a correr comendo pipóca doce, além do vendedor de algodão com sua matraca a tocar pelas ruas, ainda na minha loucura, vi casais andando de mãos dadas, sem auqueles agarramentos que parecem cenas de sexo explícito ou quase isto, não, andavam a passear, apenas passeavam olhando as estrelas, contando-sa talves, hoje, sentí-me louco, não acreditei na doce realidade de ver pássaros pousados na minha janela, vi andorinhas e... você pode não acreditar, vi muitas borboletas, eram lindas, multicores e pluriformes, mas isto ainda era o cair de uma bela tarde de inverno, a noite senti ainda mais minha doce loucura, vi vagalumes a iluminar os campos, ouvi o coachar dos sapos e até parece ter ouvido o chilriar de algumas corujas, juntando tudo conclui que verdadeiramente estava fora de mim, nada era possível, além de sonhos,e...não estava sonhando, apenas vivi um momento de delírio total, um delírio de imenso saudosismo, na praça havia um coreto, ornado por rosas amarelas, semprevivas, jasmins e orquideas, mais ao fundo um chafariz com uma fonte iluminada e uma banda com uniforme brilhante avançava tocando uma alegre marchinha destas que fazem todos bater o pézinho, alguns bebados já dormian tanto embaixo quanto acima dos bancos, os bares já haviam fechado, mas sei lá de onde apareciam moças pintadas, com belos vestidos floreados e bochechas coradas, um vendedor de flores trazia consigo, rosas irressitivelmente lindas, parei, olhei e... comprei algumas para doar a mulher mais linda da praça, você meu amor, estava lá, envolveu-me em seus braços deu-me um acalorado beijo e... eu, simplesmente, acordei.
Por Wcastanheira Numa noite de inverno, pensando no quanto é importante viajar no tempo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário