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sexta-feira, 5 de junho de 2009

Poema de um amor só.

Hoje, quando acordei, vi teu rosto a olhar o meu, percebi que aos poucos ficavas mais nítida, mais presente, de algum modo senti o aroma delicado do teu perfume, continuei meu caminho diario, mas... ao sentar à mesa, de algum modo senti tua presença e pensei, como pode um homem estar tão absorto, tão dominado pela imagem de uma mulher? Teu calor acompanha meus passos, teu sabor sequer deixa-me por um pouquinho, saborear outros beijos, porque me fases teu escravo, se sequer por um momento alimentas minha desesperada esperança? Porque aos poucos terminas com todo o meu direito de mover-me ou alimentar-me livremente, se jamais tens a piedade de devolver-me um sorriso?Óh amada minha, porque a todo momento visitas meu pensamento, meu coração, alteras meus planos, se sequer devolves meu bom dia? Como fazer para sair desta delicada prisão, se ao menos tivesse eu a força de um inseto, já seria possível pra tão hérculea ação, mas... minha amada, só pra ti sei viver, só por ti consigo respirar, andar...chorar, acordar, falar... e as veses me pego analizando e gostando de... por ti sofrer.
Como pode um poeta só a uma mulher dirigir seus versos? Só a uma ter como divina musa? Sei lá, falam tanto desses corações vadios, desses anjos que visitam, desses poemas rimados, delicados, ensaiados e então... penso... apenas eu, não consigo rimar meu verso, sem você no meu contraverso, apenas eu, não consigo ter um coração vadio, ter um amor em cada poema, não, meu poema é de um amor só, meu poema é de uma rima só, apenas solidão com paixão.
Meu poema é do poeta pobre, talves do poeta sem anjo, apénas com alma, vontade e paixão, é do poeta solitário, sem musas, sem pensamentos etéreos, com pé no chão, na realidade da vida, onde a poesia desaperece, mas com certesa a paixão... florece.


Devaneios de um final de tarde, momentos de vazios, de experiências com o desamor"
Por: Wcastanheira

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