Lugar Melhor Não Há!
Nádia estava com olhos marejados. Todos que a viam caminhar em direção à sua mesa perceberam as lágrimas escorrendo pela face da bela moça, mas ninguém podia imaginar o porquê daquela tristeza tamanha. Ela, no entanto, queria que logo o seu dia de trabalho terminasse pra que pudesse ir embora dali.
Anderson, supervisor daquele departamento, ficara sabendo do estado em que a amiga se encontrava, mas também não sabia o motivo presente nos olhos e no coração daquela mulher que sempre estivera sorridente nos dias mais conturbados no trabalho, com muito otimismo a ponto de contagiar quem tivesse por perto.
- Nádia, o que há com você? Quer conversar?
- Nada, não, Anderson. Logo passa… Mas… Seria melhor que você pudesse me liberar hoje…
- Tem certeza que não quer conversar? Nunca a vi deste jeito…
- São apenas alguns problemas, mas que… terei que resolver.
- Bom, por mim, não há nenhum problema. Nós somos humanos e temos os nossos dias de fraquezas, isto é, quem demonstra fraqueza tem que ser muito forte. Vai pra casa, toma um bom banho, relaxe para que possa enxergar estes problemas que a pertubam com olhos sábios e serenos, visualizando a solução que terá que tomar.
- Obrigada pelas palavras, Anderson! Sem saber do meu problema, já me ajudou muito! Obrigada mesmo!
- Que é isso… Precisando de um ombro amigo, pode contar comigo, está bem.
- Eu sei disso. Bom, irei pra casa de minha mãe. Lá terei o colo que tanto preciso…
- Nada melhor que a casa da mãe da gente, não é mesmo! Tenho certeza que ela lhe dirá as palavras certas que precisas ouvir.
- É verdade… Nada como a casa da mãe da gente… Lá, sinto-me em casa sempre, mesmo que fique dias sem aparecer por lá! Deixe-me ir, então… Obrigada mais uma vez!
Nádia seguiu pelo corredor até o elevador, dando adeus aos colegas de trabalho, que desejaram melhoras pra ela.
Ao entrar em sua casa, ao ver Nádia caminhando em sua direção e com os olhos vermelhos, Sônia estendeu os braços e acolheu aquela mulher-menina. Não falou uma palavra, pois sabia que o que sua filha precisava era somente do seu abraço e do seu colo quente. Puxou o rosto dela e deu-lhe um beijo na testa, ficando, as duas, abraçadas por um bom tempo…
“Foi o que eu quis fazer alguns dias atrás…”
Numa segunda feira em que tentei, tentei, mas os anjos não visitaram-me, enviaram-me esta preciosidade da Nade, para vermos o quão importante e dócil é uma palavra de mãe, nestes tempos em que parece que apenas uma folga é o que precisamos, não, o que mais recupera-nos é o colo, do papai, da mamãe, de um grande amor, mas um... colo, com qualidade suprema, diferente das carícias genéricas, parabéns Nade, mais uma vez, vc foi genial.
Por wcastanheira
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