O dia, foi com certeza diferente, diferente de outros dias, os sorrisos pareciam diferentes, as pessoas pareciam mais felizes, com certeza meu olhar estava também com mais brilho, a noite fora diferente... quando estamos felizes e deixamos irradiar esta luz, tudo em nossa volta parece-nos melhor...e as pessoas ficam melhores, avida parece mais leve e as coisas boas fluem.
Naquela tarde, decidi passear a beira mar, poucas pessoas circulavam por lá, final de tarde, já quase ao cair da noite, poucas pessoas por mim passavam, mas apenas uma interessava realmente que estivesse por lá, andei, perambulei e como por encanto... ela, com seus cabelos molhados, uma prancha debaixo do braço, com sua roupa de surfista, coladinha, desenhava a maravilha do seu esbelto corpo, ao longe, muito ao longe, notei que arrumou o cabelo, estiquei meu passo até então sem rumo, na direção daquele corpo que vinha saltitando em pleno calçadão, nossa distância encurtava cada vez com mais velocidade, agora já posso ver seus cabelos dourados, as sardas do seu rosto delicado e porque não, já sinto o sabor delicadamente salgado da sua pele alva, não nos abraçamos, simplesmente nos jogamos um nos braços do outro, um enlace demorado, quente, quase colado, parecia que o tempo havia parado, daqui a pouco a noite chegaria, então... porque preocupar-se com a usura das horas, o sol deitava-se a pouco, a lua bonita e generosa deslumbrava encantada no horizonte, a tarde trocara de luz, deixara o dourado encantador pelo prateado dos amantes, o brilho prata do mar confunde-se com o preto, o negro mágico dos seus olhos, nosso enlace termina com um beijo demorado e um olhar de...queremos mais, e assim enladeados um do outro avançamos a caminho do mar, nossas pegadas deixam a prova da nossa unidade, para quem segue os caminhares pelas areias, e assim encantados um com o outro, sentamos sobre a prancha a adimirar a beleza poética do namoro da lua com o mar, ela arredondada, brilhante, prateada vai esculpindo cada onda com seu colorido charme de dona da noite, aos poucos alguns namorados vão chegando, na orla flui o amor, a paixão, as promessas, um barco passa ao longe, mas não tão distante, que olhando pra ele não possamos sonhar com um navegar, um passeio em alto mar...por lá viajamos, adentramos ao mar em nossos vivos pensamentos...levantamos lentamente, vamos de encontro a água, ela brinca, solta-se igual a uma menina encantada com seu novo brinquedo, caminhamos a beira mar, num jogar de água, num empurrar de corpos, num abraçar e beijar e caminhar e correr, brincadeiras de final de tarde, pensamos apenas em nós, amantes não pensam nos outros, a felicidade estava ali, a felicidade era aquilo e eu e ela estávamos felizes... enquanto a noite avançava, nos deliciavamos em brincadeiras com a natureza, isto é ser feliz, pensei eu, estou feliz pensei eu, e com o avançar da noite parecia que o mar ficava ainda mais lindo, a lua a certa altura emprestava uma candura indescritível à beleza do contraste ao qual assistíamos, assim andamos pela noite e brincamos com a felicidae de ser apenas dois amantes a curtir a natureza encantadora de um lual, despretencioso, amigo, testemunho apenas de dois amantes que queriam viver a experiência de apenas ser feliz.
No outro dia, apenas acordamos, tomamos um banho, um delicioso café e... fomos trabalhar, felizes, vimos as pessoas felizes, passamos às pessoas nosso ar de felicidade e concluímos que para viver esta experiência basta apenas decidir, não vou complicar, pois só quero na vida é ser feliz, se hoje a vida ofereceu-me esta oportunidad, então... de algum modo tentarei ser feliz.
Por Wcastanheira. Após um feliz dia de trabalho, aconteceu algo especial? Não, para ser feliz basta apenas viver as coisas na sua simplicidade, hoje...tive um dia simples e... decidi, não complicar, apenas, viver.
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