O Rio de Janeiro, como sempre o faz, recebeu Milinha e seu acompanhante, com carinho,com beleza, fazia uma noite linda na cidade maravilhosa, Mila seguia abraçada ao marido, trocando juras e beijos de amor, um casal feliz pensava ele, olhando à distância aqueles dois agarradinhos, quadris ajustados, braços entrelaçados, são jovens, precisam aproveitar o fogo do amor, dar vazão a testorona, pensava ele, enquanto caminhava a lentos passos rumo ao saguão do aeroporto, estava bem vestido, aliás vestir bem, sempre foi uma das suas manias bem vividas até aquele meio século de vida, tratar do corpo, zelar pela boa aparência sempre foram coisas naturais para ele, ao chegar à plataforma solicitou um táxi.
Chegou ao Copacabana Palace, nada pode ser melhor para quem visita o Rio, vista candente para o mar, sacada irresistível, linda, um convite ao não dormir, à prática do nadismo, frente exclusiva para a praia, o morro Sta Tereza, o bondinho, o pão de açucar, enfim, a cidade maravilhosa vista de uma das sacadas mais famosas e caras do mundo, foi recebido com a naturalidade de um hóspede conhecido, subiu ao quinto andar, ali, naquela suíte já havia vivido grandes emoções, ali experimentou amores, viveu paixões, mas hoje, especialmente hoje, a imagem de Mila o perturbava, a viagem, os carinhos, o calor, o cheiro agradável daquele corpo juvenil, o aroma penetrante dos seus vinte e poucos anos, não o deixavam repousar um pouco sequer, aqueles momentos o castigavam, o excitavam de um modo ofegante como nunca antes houvera experimentado, um banho, uma roupa leve, bermuda, camisa aberta e...pedir o jantar, a noite já ia em adiantada hora, com a janela aberta tentava adormecer sentindo a brisa de Copacabana, aos poucos o sono tomou conta do seu corpo cansado...
Amanhecer, um banho, café da manhã, reuniões, marcar vôo, almoçar e voltar, planejamento é com ele, um homem literalmente comprometido com uma vida sistemática com horários determinados...
A tarde corria em paz, negócios foram fechados, próxima viagem ao Rio marcada, é hora de voltar, mas... o telefone, o telefone chama, do outro lado uma voz, manhosa, um ronronar, a delicadeza é tanta que ele treme ao primeiro alô.
_Oooiii, adivinha...
_Oi, não consigo adivinhar, é muito difícil, no Rio, este som de gauchinha, este oizinho, tão delicado, como adivinhar, parece uma gatinha....manhosa
_Ah, não vai nem tentar?
_Não, não quero tentar, tenho medo de errar...
_Onde estás agora?
_No hotel, tomei um banho e vou para o aeroporto, viajo de volta as 21:00
_Em que hotel você está?
_No Copacabana...
_Copacabana Paaalace, noooossa, de frente pro mar, naquela sacadona prata?
_É,naquela sacadona prata...
_Ah, nunca entrei na portaria, dessa lindura, até Frank Sinatra esteve aí, pisou neste tapetão, posso dá um pulinho aí?
_Sei não, teu marido pode ficar zangado...
_Ah, deixa isso comigo, ele já foi viajar, já ganhou bastante carinho ontem à noite, foi levinho pro trabalho, deixa eu ir aí, prometo ser boazinha, ter um bom comportamento, vai, deixa, só um pouquinho, que mal faz,prometo vestir aquele vestido azulzinho, com um acessório epecial, só pra ti, sempre olhei este hotel, fico babando só de pensar, sonhando em pisar neste chão de estrelas... óh, to toda arrepiadinha, só de pensar, entrar no Copa deitar numa caminha destas, pisar neste tapete agulha, ah é um sonho, vou aí, vou de vestido ou prefere outra roupinha?
_Guria, guria, tu tá fazendo arte,já é tarde, tenho vôo marcado...
_Ah, esquece, te dou umas beijocas, me espera, tô saindo, estou aqui pertinho, num hotel no aterro...
Passaram poucos minutos, um táxi deixava Milinha na porta do Copa, ele já a esperava, de bermudas amarelas, um chinelo do Grêmio e uma camisa solta desabotoada, ela apresentou-se encantadora, resplandecente, com sua delicadeza natural, veio sorrindo, um riso largo, com os dentinhos da alvura de um copo de leite,requebrando, flutuando, olhar o caminhar dela, encanta-o cada dia mais, Milinha sabe torturar, olhou-o e abraçou forte, muito forte, bem coladinho, _tiiiiiiiooooo que delicia te encontrar, fiquei com uma peninha te deixar naquele avião, mas sabe como é, marido tem a preferência...
Assim saíram de mãos dadas, ele transpirava, a respiração subiu pra mais de cem por minuto, custou a crer mais uma vez, a tortura, os devaneios, o pecado, ali, tão pertinho, tão junto...
Ao chegarem ao quinto andar, Milinha não se conteve, _que linduuura, um sonho, nunca que eu pensei em conseguir um dia vir aqui, mas nunca meeesmo, nossa, isto é demais...
Ele avançou um pouquinho enquanto abria a porta Milinha acariciava-o deixando-o um pouco confuso, tonto, tremulo, parecia seu primeiro encontro, tanto que admirava aquela mulher, ao entrar Mila, olhou para ele deu-lhe dois beijos beem coladinhos, -que loucura, nunca sequer imaginei que uma suíte do Copa era tão linda, que camisa interessante esta sua, cor de minhoca.
_Minhoca, diz ele, nunca imaginei que uma camisa pudesse ter esta cor até porque minhocas teem várias cores, mas...
Milinha estava, confortável num vestido azul claro, com dois botões desabotoados que lhe deixavam à mostra seu belo colo, a pouco fizera um redesenho neles para valorizar o seu visual e dar maior harmonia ao conjunto da obra, usava elas botas de um marrom claro quase até os joelhos que realçavam suas belas pernas, deixando um desejo no ar, uma cobiça no olhar, ela estava estonteantemente, linda!
_Vamos na sacada, disse ela
Ao abrir a porta ela quase desmaiou diante da natureza que via, algo deslumbrante aos olhos de um menina mulher recém vinda do interior gaúcho, dali parece que todo o Rio está aos seus pés, dali parece que você é o dono do mundo, enquanto olhavam a beleza do cair da tarde, o sol se pondo em Copacabana, o mar delicadamente indo e vindo beijar a areia, o casal encostava-se um ao outro, ela coloca o pé um pouco acima na amurada, sentada numa confortável cadeira, ele delicadamente repousa sua mão no ombro de Mila, _e aí gostou?
_Nossa, estou sonhando... um garçom entra com um balde com dois espumantes, coloca-os sobre a mesa
-Ué é festa?
_Não, é homenagem à sua visita, daqui a pouco tenho que ir embora, vou deixar você ficar aqui.
_Ah, não faz isto comigo, é tão bom estar aqui, vim especialmente pra ficar contigo, pensei tanto num momento parecido com este, não acredito, que tu vai fazer isto com tua guriazinha?
Ele abraçou-a, pegou a sua cabeça com as duas mãos , sentiu seu cabelo macio, encostou-a no peito e beijou-a demoradamente, loucamente, provou do seu sabor, experimentou sua língua quente e macia, enquanto desabotoava os botões da blusa, aos poucos ia conseguindo ver, tudo aquilo que esperava-o por tantos encontros, furtivos, casuais e...depois abandonado, hoje Milinha estava ali, recostada numa cadeira confortável...agora, completamente deitada no colo que a amparava, a vista da sacada ficara para outro momento, o vôo de volta pode esperar, Mila quer conhecer a suíte do Copa...
Por: Wcastanheira
O clima, os ares do Rio, o esplendor do Copa, o desejo do tio e a jovialidade de Milinha, caminhavam para momentos mais fortes...não dá, um dia, acontece...no Copa é covardia!!
Milinha, q menina sapeca, não resistiu às tentações da cidade maravilhosa, esperi mto por este momento, parabéns está ótimo, o clima, a delicadeza, o romantismo, vc está d+, a Mila merece mto amor, foi uma longa preparação, bjos e...apresente a praia a ela.
ResponderExcluirMilinha assanhadinha hein!!!!
ResponderExcluir