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domingo, 25 de novembro de 2012

As crianças, as margaridas e o amor..

Hoje ao amanhecer decidi caminhar sem rumo, sei lá, andar pelas ruas, admirar praças e jardins, cultuar a beleza implicita em cada ponto da natureza, sem importar com o tempo, este tempo que detona com o romantismo dos nossos melhores momentos, acho que o único relógio ao qual deveríamos seguir seria o instinto natural de cada pessoa, como escreveu o poeta, _os grandes momentos da vida, para vivê-los podemos dispensar relógios e canetas...
Pensamentos longinquos, dispersos quando repentinamente uma menina na sua fragãncia ainda infantil saltitava e assoprava uma certa florecência que soltava miles plumas ao vento, sentei para adimrar tão lindo e descontraído gesto, repentinamente percebi que um menino aproximava-se dela com uma margarida branca em suas mãos, chegou pertinho e ao lado do meu banco também sentaram, fazima um pequena algazarra ao despetalar a flor que ao final apresentava um resultado, bom ou ruim, mas uma mostra daquilo que apntava seus futuros, viajei à minha distante infância, fui lá no século passado, andei lá no meu Povo Novo, interior de Rio Grande RS, quando criança na volta da escola despetalávamos margaridas, furtivamente retiradas dos jardins vizinhos, para saber qual seria nosso futuro no amor e na vida, lá íamos nós, mal me quer, bem me quer, muito, pouco, nada...
Pulávamos enebriados de felicidades quando a flor despetalada apontava BEM ME QUER uma delicia o amor e o carinho estavam garantidos, assim distante e longe viajando no tempo, fiquei meio pasmado olhando as duas crianças e pensando como o amor ainda desperta a ansiedade humana e que bom que é justamente assim, o amor, a esperança ainda preenchem corações e movem a espécie mesmo que no alvorecer das vidas, tal qual lá nos anos 60 do século passado ainda hoje em pleno século XXI, com toda a influência da mídia virtual, com faces e orkuts, com e-mails e torpedos, a carta pode ter passado, a fita cassete já rolou, mas o amor ainda está no ar, enquanto crianças brincam de pular amarelinha, de pega pega e cantam cantigas de rodas o amor permanece vivo, enquanto o jardineiro cultivar jardins, enquanto a rosa ainda abrir e as margaridas aos campos florir, o romance ainda há de resistir, enquanto crianças buscam praças e pulam bancos e soltam pandorgas, papagaios, pipas, hei de olhar, meditar e cantar, pois ao certo o amor ainda terá lugar, nascem musas, crescem belas e outras nem tanto, mas para alguém cada uma tem seu encanto e o amor floresce como num quebranto, assim ando a caminhar, na praia, no campo, na praça a natureza hei de admirar e com certeza o amor, sempre o amor, espero poder cantar...Enquanto a rozeira florir, a margarida abrir e a criança sorrir, o amor, sempre o amor, há de resistir...

POR; Wcastanheira  Em delírios de um final de tarde, hoje viajando na beleza da simplicidade infantil, meditando na incrível igualdade da inocência e pureza da criança, mesmo que décadas passem e séculos avancem. Pra vcs bjos e bjos.

6 comentários:

  1. Seu texto está tão lindo. Achei incrível esse tema, além de usar um exemplo tão pueril, fez uma linda analogia. Apesar da pós-modernidade que vivemos, o amor continua "no ar".

    http://florescerepalavrear.blogspot.com.br/

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  2. Oi, querido tio!

    Tudo bem?
    Amei sua vistinha e comentário.
    Obrigada, de coração, pelas margaridas, que me trouxe. Já estão na jarra.
    Fiquei, também, muito contente por ter conhecido a sua sobrinha mais novinha, a Margarida, que trazia uma margarida na mão, por sinal.

    Seu texto é uma bonita e profunda reflexão sobre o poder e o fascínio, que ainda têm as coisas simples do/no amor.

    Eu despetalei algumas flores, pra saber se "meu namoradinho" gostava ou não de mim. Namoradinho, de quem eu desconhecia até o nome. Era só de olhar, mesmo.

    Seu delírio, foi sensacional, ingénuo, puro e nada carnal, com convém, nesses tipo de texto.
    Tão lindo, assim, tio! UM MIMO, pra você.

    Bom domingo, com muitas flores pra enfeitar seu dia.

    Beijos de sua sobrinha Luz, que o adora.

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  3. Olá,
    Seu texto é perfeito. O amor que vem de uma criança
    é totalmente puro, doce com cheiro de chocolate e gosto de bala.
    Nos lembra dias de sol, flores nos campos e verede na montanha.
    Lindo demais.

    Beijos

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  4. "Bem me quer...Mal me quer...Bem me quer...Mal me quer!
    Bem me quer...Mal me quer...Bem me quer...Mal me quer!
    Bem me quer...Mal me quer...Bem me quer...Mal me quer!
    Ops!! Acabou as petalas, mas calma, vou pegar outra margarida
    e com certeza, dessa vez, irá terminar com um Sonoro BEM ME QUER!"

    Adorei o post., me remeteu aos meus tempos de
    escola...Lindo, suave e cheio de Amor! Bjinhos...

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  5. Oi querido!

    Os melhores momentos da vida devem serem aproveitados com toda intensidade.

    Lindo Bem querer!

    Bjo poeta querido

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