Olho a janela e vejo a chuva, percebo nuvens, frio e... distãncia, vejo homens alucinados, mulheres rápidas, vejo...crianças mal cobertas e as bem cobertas vejo em bons carros, vejo homens mal vestidos andando aos passos largos e os bem vestidos, vejo em bons carros, vejo flores quase mortas, descoloridas, descontínuas, maltratadas pelo frio e as bonitas, bem arrumadas, vejo nos vasos em belas casas, vejo moças entrouxadas, enroladas, encaracoladas, moças pelo frio enrugadas, fazem parte da paizagem gélida e as moças lindas e arrumadas, vejo em quentes carros e em belas casas, vejo amores e percebo que amores estão guardados dentro, no calor dos corações, percebo carinhos e vejo que carinhos flutuam entre aqueles que se amam, vejo em tudo um pouco de você, que trabalha, que atende telefone, que discute pontos de vista e que mais tarde estará também no quente do lar, olhará seu jardim, adimirará sua lareira e por certo lembrará do nosso ontem, voltará ao quarto e no silêncio da alcova verá o desalinho em que ficou, o desarranjo do nosso amor e assim tonta , ainda pensativa, irá até a janela e verá a chuva, perceberá as nuvens, o frio, os homens que passam, as crianças desarrumadas...a natureza enfim, como peço aos anjos do amor para que no intimo do seu pensamento...pense, um pouquinho... em mim.
Por Wcastanheira
Prostrado, encantado, olhando...a chuva eo frio.
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