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segunda-feira, 6 de julho de 2009

A UM AMOR PLATÔNICO.

Queria ser apenas tua sombra, mas não a sombra da tarde ou aquela do inicio do dia, queria ser a sombra do meio dia, do ápici, do zenite, e entrar todinho em ti, no teu corpo, mas te absorver tanto, que ninguém, mas ninguéwm, pudesse perceber do quanto eu estava em ti, e aí aos poucos, lentamente, iria saindo do teu corpo, mas tão lento que assim como a sombra do zenite, nem perceberias que meu corpo já não estava dentro do teu e ficarias assim, feliz por todo o dia, só porque ao olhares ao teu lado, ainda um pouco contigo eu permaneceria e a noite quando todas as sombras se confundem, eu queria ser a luz, apenas a luz, mas não aquela luz da cozinha, aquela luz da sala,. queria ser a luz do teu banheiro, para penetrar nos reconditos da tua intimidade, mas não a intimidade que tens com teu amor, com teus entes, a intimidade tua, só tua, te ver mulher, te ver nua, mas não apenas nua sem roupa, nua sem alma, sem pudores, sem frescuras, tão nua, mas tão nua, que até mesmo tu, por veses tens vergonha desta nudez, sem pudores, sem reservas, só teus e da luz que ilumina teu banheiro lindo em azul e branco, onde expões toda tua fragilidade, toda tua nudez de corpo e as veses de alma, de uma cor que sabemos não foi feita pra mim, pois hoje eu e tu sabemos qual a nossa cor, das nossas rosas, dos nossos amores, e assim sendo tua luz iluminaria cada curva do teu belo corpo, iluminaria com certeza tuas curvas, teus pelos mais intimos e a ti mostraria que tuas medidas são certinhas, são as medidas exatas do prazer, nem mais, nem um pouquinho a menos, iluminaria os pingos d'água que deslizam pelo teu corpo no teu banho demorado e por certo não deixaria no escuro teus seios redezenhados, feitos sob medidas para atender teus desejos, tão guardados, que até hoje da sua beleza apenas posso eu, simples mortal, sòmente imaginar e imaginar, não bastasse ser tua sombra e ainda tua luz, queria eu, de um modo especial, ser o lençol que guarda teu esguio corpo, aquecer tuas pernas, cobrir teu dorso e de algum modo acariciar teus pelos dourados, te deixar tão calma, mas tão calma, que adormecerias sob mim, e assim enovelados em recompensas, provaria das migalhas do teu amor, sim, migalhas, pois elas são a paga para muitos que apenas amam sem ser amados, e ao fim da noite já usado jogarias-me pro lado, como fazes tantas veses comigo, que import, ficaria ali, esperando por outro anoitecer, quem sabe te ter a sós debruçada sobre mim e eu, a aparar tua lágrima, a escutar teu murmúrio e quem sabe com tuas mãos por entre tuas pernas, ir até onde muitos mortais apenas sonham em ir, veja só, porque me bastaria, apenas ser teu humilde lençol, e na manhã que começa, seria eu teu café, para teu corpo aquecer e contigo até teu trabalho, lá estaria eu, tua sombra a zelar por cada passo teu e mais um dia passaria, telefonarias e atenderias e até brincarias de viajar, como semprt, terias medo de empreender qualquer ida ao desconhecido, oh como me levas à loucura quando não aceitas ir só um pouquinho além de um passeio que poderia te mostrar do meu amor, mas como jamais aceitas, apenas sabes do meu desejo e imaginas a minha quase obseção, minha musa, cada vez que me dizes teu não, ficas apenas com a sombra a te acompanhar e a noite teu lençol a te acalmar, novamente uma migalha do teu amor,fico a esperar...

Por:Wcastanheira. Numa homenagem ao amor platônico, quando migalhas já bastam por ser migalhas de amor!!

Um comentário:

  1. Vim agradecer a sua gentil visita aos meus aposentos(rs), e me deparo com tanta inspiraçâo em suas palavras ... Parabéns pela sensibilidade aflorada !
    Beijos !
    Helô

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