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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Sonhar com você, na praça...

Só por hoje, pensei que estava louco, louco? Louco sim, maluco de dar dó, pois, andei pelas ruas e vi crianças brincando na praça, jogando bola nas ruas e os guardas descontraídamente sentados, batendo um bom papo, vi os carros andando lentamente e observando o espaço destinado aos pedestres e respeitando a criançada, hoje só hoje, pensei estar louco, mas louco? 
É, doido varrido, vi um casal de velhinhos passeando de mãos dadas e já se faziam horas que a noite havia descido, vi um casal de namorados aos beijos no jardim da praça e pasmem, vi um pipoqueiro parado à porta de um belo cinema, cinema? Sim, cinema daqueles que postam cartazes na calçada do filme que virá,  e crianças a correr comendo pipoca doce, além do vendedor de algodão com sua matraca a tocar pelas ruas, ainda na minha loucura, vi casais passeando de mãos dadas, sem aqueles agarramentos que parecem cenas de sexo explícito ou quase isto, não, andavam a passear, apenas passeavam olhando as estrelas, parando  a admirar a beleza dos jardins, contando-as talvez cada flor em sua singularidade. 
Hoje, senti-me louco, não acreditei na doce realidade de ver pássaros pousados na minha janela, vi andorinhas e... Você pode não acreditar, vi muitas borboletas, eram lindas, multicolores e pluriformes, mas isto ainda era o cair de uma bela tarde de inverno, a noite senti ainda mais minha doce loucura, vi vaga-lumes  iluminando os campos, ouvi o coaxar dos sapos e até parece ter ouvido o chilrear de algumas corujas, juntando tudo conclui que verdadeiramente estava fora de mim, nada era possível, além de sonhos, e...Não estava sonhando, apenas vivi um momento de delírio total, um delírio de imenso saudosismo, na praça havia um coreto, ornado por rosas amarelas, sempre vivas, jasmins e orquídeas, mais ao fundo um chafariz com uma fonte iluminada e uma banda com uniforme brilhante avançava tocando uma alegre marchinha, destas que fazem todos bater o pezinho, alguns bêbados já dormiam tanto sob quanto sobre os bancos, os bares já haviam fechado, sei lá, parece-me que a madrugada havia chegado,  mas sei lá de onde apareciam moças pintadas, com belos vestidos floreados e bochechas coradas, um vendedor de flores trazia consigo, rosas irresistivelmente lindas, parei, olhei e... Comprei algumas para doar a mulher mais linda da praça.
Você meu amor, estava lá, envolveu-me em seus braços deu-me um acalorado beijo e eu, simplesmente...Acordei.

Por Wcastanheira Em delírios de um final de tarde, vivendo de um passado nem tão distante e pensando no quanto é importante e delicioso, sem pressa, viajar no tempo. Pra vcs beijinhos e  beijinhos.

3 comentários:

  1. Que lindo! Me lembra antigamente, as décadas de 30 e 40.
    Muito lindo e minidetalista, além de romantico!
    Eu adorei essa leitura! Pasrabéns!


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    Big Kiss ;*
    www.angelpoubel.com

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