Pesquisar este blog

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Só por hoje, falando em... Saudades...




Se hoje...
Apenas hoje, eu falasse de saudade, falaria do teu cabelo castanho, lembraria da tua pele morena e talvez do teu sorriso largo, franco e de todas as formas delicado.
Se hoje...
Apenas hoje, eu escrevesse sobre saudade, talvez não falasse do poeta, quem sabe esqueceria a poesia, mas quem sabe agradeceria aos anjos por terem me lembrado de ti.
Se hoje, eu pensasse em saudade, nem lembraria os teus ardentes beijos, mas com certeza sofreria lembrando-me dos teus delicados toques, das tuas longuineas mãos e daquelas conversas longas e d'outras tão fragmentadas, do teu modo brejeiro, do calor do teu abraço, do quanto é bom te ter mesmo de modo meteórico no meu abraço.
Se hoje...
Tão somente e só por hoje, eu sentisse saudade, sequer lembraria, da tua face bonita, do teu corpo esguio ou quem sabe do teu contorno tão feminino e sedutor, da tentação que é sempre chegar tão perto, sentir teu aroma e não te poder tocar, apenas e sempre, admirar.
Se por agora, neste momento eu sentisse saudade, talvez nem tivesse do que falar e muito menos sobre o que escrever, ah, mas que tolo sou, que não me permito a este sentimento, tão vazio de vaidade, tão vazio de orgulho e tão cheio de quase pranto, pobre poeta, com tantos motivos para viver, busca meios para quase morrer.
Após um dia de exaustivo trabalho, olhei o mar, mirei o céu, admirei o horizonte e em tudo, mas em tudo mesmo, vi um pouco de você, mas mesmo assim insisto em dizer, que não sinto, saudade, bobagem, reflito, pura vaidade.
Se por esta noite, mas só por esta noite vier a saudade visitar-me, direi que não a conheço, a dispensarei, pois meu coração há de insistir que jamais a viu, percebeu ou sentiu, então mandarei a saudade embora, mesmo porque tenho a certeza de que amanhã a terei comigo e novamente insistirei em não reconhecê-la.
Mas se por acaso o telefone tocar, se por acaso a porta bater, se por ventura você chegar,não repare na desordem desta casa, não critique o desarranjo de tudo, tenha piedade, alinhe os tapetes, acomode as cadeiras e vá tomando o lugar que sempre foi teu,cale, admire, analise, não fale de saudade, não comente sobre distância, sequer toque na palavra abandono, pois tenhas a certeza, foram sentimentos que jamais experimentei.
Se por algum motivo, me avistares triste, talvez seja com saudade da nossa roseira amarela que morreu, pode ser também a causa da minha tristeza, a desordem da nossa casa, fique em paz, minha solidão jamais falou em saudade.
Se hoje, ainda hoje, Deus a mim conceder a graça de teu corpo tocar, não direi do pranto derramado, não falarei da poesia mal escrita, nem da rima de dor com amor, de tanto com pranto ou de felicidade com saudade, não falarei da rima de clemência com ausência.
Se por hoje, só por hoje, eu sentir saudade, terá sido por uma casualidade.
Se por hoje, só por hoje, eu vier a chorar, terá sido uma dessas coisas que ninguém sabe explicar, porque chorar?
Se acaso o sono não vier me visitar, não terá sido tua ausência o motivo.
Mas... se a morte amanhã, para mim for uma verdade,
por certo, foi por esta...
Imensa, saudade.

Por; Wcastanheira: Poemeto, de um final de tarde, para uma linda, uma musa, coisas da visita de um anjo, pobres poetas, são suas tantas palavras, tantas tentadas cantadas e aos poetas de modo incrível, por vezes, faltam palavras, sobra rima, viaja emoção, porém falta a flecha que ganha o coração. Pra vcs bjos e bjos.

7 comentários:

  1. Castanheira, o coração escreveu pulsando no limite... adorei imenso!

    Lindo teu sentir e querendo ou não, a saudades estará sempre presente no coração.

    Um beijo meu querido!

    ResponderExcluir
  2. Eu venho aqui te visitar, e me sinto sentada na grama admirando a natureza, admirando a beleza das pessoas e dos sentimentos...
    Gosto da maneira doce como vc fala das mulheres, vc vê nelas o que hj em dia os homens nem se quer procuram, as tuas musas devem ser mto gratas por tamanha gentileza.
    e vc falou muito bem de saudade.

    um imenso beijo

    ResponderExcluir
  3. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  4. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  5. Uma delicia seu conto, envolve aos poucos, domina lentamente, ao ponto da musa oferecer o pescocinho, as costas delicadas para vc percorrer e acomodar-se carinhosamente onde melhor entender, só vc, apenas vc é capaz disto, saudades deste homem carinhoso e ofegante, aqui de Campinas SP vai pra vc amado poeta, uma saudade imensa de quem deixou Santos pelos campos maravilhosos do seu RS, vc encanta, enebria, apaixona, feliz é musa SILSIL, (no momento) pra vc beijinhossss

    ResponderExcluir
  6. Olá caro poeta! Sempre passo aqui pra ler os seus poemas, mas nem sempre comento, pois vc escreve umas coisas assim, tão fortes, fico até sem jeito de comentar... Rssss... mas gosto da maneira como tu escreves, da forma delicada e bonita de como trata o nosso universo feminino, e saber que nós te inspiramos. Ser a inspiração de um poeta é mesmo muito gratificante, e hoje em dia sentimos falta de homens que sejam sinceros e românticos, que saibam colocar e expressar suas emoções sem medo e frescura. Abraços, boa semana aí poeta!!!

    ResponderExcluir
  7. Que coisa mais bonita! Parabéns pela inspiração tão bem desenvolvida.

    ResponderExcluir