Um breve momento, com Aninha, a musa do telefone.

Naquele dia Aninha relaxou, deixou cair sua armadura protecionista e convidou-me para um breve momento, no inicio do nosso encontro verdadeiramente estávamos tensos, a mão transpira, o rosto enrubresce, parece que o ritmo cardíaco acelera à níveis quase insuportáveis, uma experiência maravilhosa, volta-se ao tempo da adolecência, quando ainda havia, (creio que hoje ainda há, mas....) o tremor do primeiro encontro, o que dizer? Como comportar-se? Aquelas coisas banais que fazem de nós pessoas com quimicas atraentes.
Sentamos bem pertinho, percebia o aroma de Aninha, tocar suavemente sua pele, dava-me a sensação de estar ao toque das nuvens, aproximar meu corpo, provar um pouquinho do seu charme, acomodar seu cabelo, confesso que fazia de mim o homem mais grato aos deuses do amor naquele dia, o perfume natural dela faz o delírio do meu instinto masculino, vibrar, viajar, ir ao espaço sideral em revoadas de Querubins.
Aninha questiona-me na sua incerteza, na sua vontade de querer saber o próximo passo, você delira ou é natural tudo que me dizes?
Pobre poeta se pisar o chão dos mortais, com a mesma intensidade, deixa ele de encantar suas musas, pode assustá-las com a força do homem e perder a chance de levá-las a conhecer a magia da poesia, não cabe ao poeta o dever de tudo dizer, cabe a ele sim, o encanto de deixar fluir palavras, escorrer carinhos e fazer com que mulheres sintam-se, amadas, queridas, encantadas por cada momento em que vivemos juntos, hó amada, dizer-te se deliro, se viajo ou qualquer coisa parecida, enfraquece minha poesia, parece não fazer parte da minha vida, deixa-me assim transcorrer, de mais nada queiras saber, vive este momento enquanto a ele, podemos ter.
Aninha sorriu, encostou delicadamente a cabeça ao meu ombro e apenas disse, _ Vamos ver...

POr: Wcastanheira Em delírios de um final de tarde, Aninha parece ter atendido aos anjos que à visitaram e a ela parece terem dito, _Ouve ao poeta, que importa o mundo, liberta a mulher que em ti habita, vive apenas cada dia, do resto...cuida a poesia. Pra vcs bjos e bjos.