Naquele dia, apenas era possível sentí-la. Aninha, a musa do telefone.

Especialmente naquele dia, Aninha estava ainda mais linda, vestia um short coladinho deixando minha imaginação flutuar, viajar em ondas de delírios, de vez em quando acomodava-o de modo mais confortável, provocando-me com seu olhar sensual de mulher pedinte, a cor da sua pele contrastava com a delicadeza de uma blusa solta, de alcinhas, deixando à mostra seu ombro, parece apenas para aguçar meu instinto predador.
Naquele dia, apenas era possível sentí-la ao toque por espaços das grades de sua casa, Aninha preferiu assim, assim acho que deve ser, finalmente sou um bom moço, devo deixar transparecer calma e principalmente não ter pressa com o tempo, a boa presa nem sempre é a mais fácil de caçar, sentia o calor do seu braço, percebia o arrepio da sua pele, deixei que ela percebesse todo o frenezí maluco do pulsar do meu corpo, assim passamos por um tempo de tortura, mas de prazer, quem disse que as coisas devem ser como planejamos? Por veses nossos planos devem dar lugar ao planejamento do outro, deixa Aninha comandar seu tempo, deixa-a controlar suas ações, o tio espera e se esperar for a melhor forma de conquistar?
Aninha é sábia, eu...Pobre homem, nos braços de uma mulher transforma-se em menino, nos planos, em apenas mais um...caçado.

Por: Wcastanheira Em delírios de um final de tarde, pensando, viajando, até quando Aninha dará as cartas? Não sei, aos poetas cabe esperar, temos uma relação próxima com destino, um vago dominio do querer e um gigantesco e sábio poder de viajar, imaginar...Pra vcs bjos e bjos.