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quinta-feira, 31 de março de 2016

Se não era amor, era da mesma família...

E assim vivemos nossas loucuras, mãos trêmulas, o ensaio das frases e apesar de tudo, na hora a falta de apenas palavras, suor quase contínuo, aquela preocupação em estar ao lado, estar sempre juntos, aquela mania de contar os dias, esperar pelas horas, delirar com os segundos que faltam para que a gente possa verdadeiramente se atirar um nos braços do outro.
Os telefonemas, as mensagens, os recados virtuais...
E depois de tudo terminado, ficou um imensurável vazio, um inesquecível vazio, parece que ficou o selo, ficou o cheiro, sobrou o aroma encravado nos lençóis, no travesseiro, no sofá e até nos tapetes da sala e do quarto, agora não tem jeito ele(a) se foi, mas se foi como?
Deixou roupas, deixou pegadas, ficaram sinais, sobraram marcas...
Partiu, mas partiu quando?
Se meu coração ainda transborda? Minha alma ainda inquieta-se e meu todo ainda é apenas ele(a)?
Se este sentimento ficou assim impregnado, metido e infiltrado por todas as minhas entranhas, se tudo isto domina meu coração, sangue e alma e você vem assim, vem me dizer que era amizade, que era simpatia então fico eu à perguntar:
Se não era amor, era da mesma família. 
Pois sobrou o que sobra dos corações abandonados. 
A carência. 
A saudade. 
A mágoa, um quase desespero, uma espécie de avião em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, só não se sabe se vai ser antes ou depois de se chocar contra o solo, sabemos que é o fim, mas como será o fim, será que terminarei junto ou resistirei ao baque da queda?
Então eu mesmo respondo ao meu coração...
Se não era amor, era da mesma família.

POR: Wcastanheira  Em delírios de um final de tarde, hoje delirando, viajando sobre o quanto é sofrida a separação de quem ama. Pra vcs bjinhos e bjinhos.

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