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terça-feira, 7 de julho de 2015

O menino cresceu...

 
 
A vida de leiteiro diariamente transportando leite enquanto crescia em vontade de viver e de ser alguém na vida, o petiço tiquilin ficou pra trás, a vida andou o menino já é mais tão menino assim, mas a menina Rosa não ficara, também ela cresceu com ele, não era possível deixar pra trás o sonho, pois eles permanecem conosco e Rosa era mais que um sonho, passara a ser um delírio nas suas noites e nos seus dias, a imagem dela abanando pra ele, naquelas manhãs frias, naquelas tardes gélidas ou por vezes em manhãs primaveris ou em quentes  manhãs de veraõa, nos fundos nas suas propriedades ou pela abertura entre o canavial, estavam sempre presente na mente dele, era um sonho que poderia tornar-se realidade, Rosa também crescera, havia namorado por um descuido do destino, seu melhor amigo na época, lembro das vezes que ele dizia, _Vou dançar esta com a Rosa, o menino moço nem havia percebido que naquele momento poderia ter sido ele, mas não foi...
Um dia o menino  agora moço, no seu passeio diário, repentinamente encontrou Rosa em seu caminho, pronto, ali estava escancarada uma chance de uma boa conversa, Rosa estava linda numa saia lilás com uma delicada blusinha branca maravilhosamente com dois botões desabotoados que deixavam seu busto juvenil à excitar o seu admirador, a conversa fluiu leve e solta, descontraída, pois ali estavam dois amigos, sim, apenas amigos que se admiravam de um modo especial, talvez não se desejassem, mas com certeza nutriam uma amizade diferente, especial, ele convidou-a para passear na praça, andaram lado a lado, de vez em quando ele sentia o calor do braço de Rosa tocando-o, outra vez encostou seu ombro nela e percebeu que Rosa não afastava-se parecia encostar ainda mais um pouco, no que ele falou.
-Vamos sentar um pouquinho, para conversarmos sobre a vida?
Ela encostou mais um pouquinho, deixou-se apoiar no ombro dele e recostou a cabecinha em seu ombro...Ficou assim, paradinha, mimosinha.
Vamos, tava louquinha pra sentar um pouquinho com você.
O coração dele disparou, a pele ficou rosada e como em todos os meninos, as pernas parece que ficaram  assim, meio desequilibradas, então sentaram...Rosa de algum modo deixou-se ficar  bem encostadinha, quase colada nele, no que  ele falou.
-Sabe Rosa que faz muito tempo que esperava por este momento, ficar assim ao seu lado, só nós dois a praça e o mundo, a vida correndo lá fora e nós aqui, apenas divagando em pensamentos, é tão bom...
-Ué porque deixou passar tanto tempo assim?
-Não sei, talvez vergonha, esta tal timidez ou quem sabe falta de oportunidade, é tão bom ficar assim ao teu lado encostadinho, sentir o teu calor, tantas vezes sonhei, imaginei e agora, estamos aqui.
-Se você acha bom eu digo que é ótimo,  quantas vezes ao invés de abanar eu desejava era te agarrar e te encher de beijinhos.
Ele tremeu, ficou sem saber o que deveria fazer, mas o instinto masculino falou alto e ele deixou sua mão cair delicadamente na perna de Rosa, no que ela sem meditar, pegou-a e apertou-a em suas mãos, colocou sua mãozinha feminina, suave e delicada sobre a mão dele, levou ao seu rosto e deixou-se acariciar lentamente,  deixou que a mão ainda juvenil dele, passeasse pelo seu pescoço e se aninhasse  envolta à sua cabeça, ele olhou-a, admirou seu rosto lindo, fixou fundo seu olhar no olhar dela e mansamente foi colando seus lábios nos lábios dela, que esperavam, umedecidos de desejo e calor, sentiu o corpo de Rosa vibrar, sentiu seu peito coladinho no dele e assim ficaram pela eternidade de alguns intermináveis maravilhosos segundos, depois se olharam, mas não de um modo como antes, pois parecia que uma nova vida começara, se admiraram, riram um riso de prazer, sentiram o calor um do outro, viajaram na delicia de mais um beijo, Rosa deixou sua cabecinha recostada no ombro dele, enquanto sua mão feminina apertava com força a mão dele quase massageando suas coxas delicadas e quentinhas de uma menina já sedutora e ardente de desejos por aquele momento, assim ali no banco da praça ficaram curtindo um ao outro, fazendo promessas e juras para o futuro, que para eles, não era muito longe, era daqui a pouco...
-Vou te levar em casa já é tarde, falou ele...
-Quem disse que eu quero ir pra casa assim tão cedinho, adorei conhecer um pouquinho do paraíso e agora você quer que eu abandone  meu doce prazer de estar com quem tanto desejei e até aqui esperei? Falou ela bem baixinho ao seu ouvido, ele estremeceu de prazer, enlaçou-se ao pescoço de Rosa e enovelou-se em um demorado beijo enquanto sua mão descia suave por aquele peito juvenil, delicadamente desabotoando mais um botãozinho e sentindo assim a magia e o calor feminino que arfava de desejo por aquele momento, sua mão ávida e voraz pela beleza de Rosa precisava conter-se, estavam na praça e não seria um bom momento...Agora Rosa estava envolvida, abandonada, deixada ser quase possuída pelo amor e a sensação de estar com seu menino leiteiro, mas ali, na praça?
Ele parou e convidou a moça, para um passeio...
-Quem sabe a gente vai comer uma pizza e tomar um chopp
No que ela respondeu, com sua vozinha manhosa, mas decidida.
-Claro que vamos, gosto de pizza, mas não bebo chopp.
-Ora que mal pode haver então em uma pizza e um guaraná?
Pra mim mal nenhum, bobagem com você não tenho medo de nada, estou pronta para viver tudinho que você desejar, tão bom andar no paraíso, pena que o relógio do tempo anda, poderia pedir ao céu para dar um tempo no tempo?
-Pra quê, se o tempo é nosso, a noite recém começou e a cotovia ainda nem cantou?
Uauauu ele estremeceu, agradeceu aos santos e aos anjos, pois a sua Rosa estava prontinha para o amor, surpreendendo-o mais uma vez, assim como o surpreendia com seus abaninhos nos momentos menos esperados, Rosa mais uma vez deixou-o feliz pelo inesperado, no carro ela pegou a mão dele e colocou em seu colo quente e delicado, sua sainha lilás linda, estava deixando-o perceber a beleza de suas lindas pernas juvenis, clarinhas, delicadas, quentinhas, desejadas, Rosa arfava em prazer e deixava com que ele percebesse tudo isto, ela jamais tentou esconder que esperava por este momento, ele mais uma vez envolveu-a num abraço quente e num beijo demorado, ela abandonou-se em seus braços, deixou-se ser beijada,  sua mãozinha delicadamente reagia e procurava o calor do seu menino leiteiro, buscava sentir a vibração do  menino leiteiro e percebeu todo o seu desejo ser atendido, levemente ela buscou ter em suas mãozinhas o que mais desejava, hoje não iria apenas abanar, iria ter nas mesmas mãos do abano o objeto quente e pulsante do seu desejo...
 
POR: Wcastanheira  Em delírios de um final de tarde, hoje, viajando, poetizando, delirando. Pra vcs bjinhos e bjinhos.

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