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domingo, 17 de maio de 2015

DELÍRIO...BILAC.

DELÍRIO
Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais, ela dizia:
– Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!


Na inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca obedecia,
E os seus seios, tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.

Em suspiros de gozos infinitos
Disse-me ela, ainda quase em grito:
– Mais abaixo, meu bem! – num frenesi.


No seu ventre pousei a minha boca,
– Mais abaixo, meu bem! – disse ela, louca,
Moralistas, perdoai! Obedeci....
Olavo Bilac


Wcastanheira   Hoje dedicado ao nosso Águia de Haia, nosso ícone poeta tb delirava em paixão e erotismo qdo qria, um mimo pra vcs....Bjinhos e bjinhos.

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