Sempre foi muito tímida, caseira e pudica, praticamente virgem, como
praticamente? Se não fosse pela sua primeira vez desastrada com seu
primeiro e único namorado, um menino magro, de aparelho nos dentes e
óculos de aros grossos, um ano atrás.
Foi estudar música e fazer
aulas de teatro para aprender lidar um pouco melhor com a timidez, sair
de casa, fazer amigos, mas isso não aconteceu, fez amigos, mas não
ficou menos tímida, continuava trancada em casa encerrada em si mesmo.
Não
lembrava sequer o nome dele e jamais teria coragem de perguntar para
alguém, finalmente ficara apenas uma noite, uma única noite de ficantes,
simples perguntar: quem é o cara? Impossível, não ficara nada gravado
na sua retina ou coração, falar com ele então... JAMAIS. Ela sentia
vertigens só de imaginar o ato. Leninha era muito, mas muito complicada
mesmo.
Mas com o tempo algo aconteceu dentro dela, Leninha queria
aquele homem, após mais uns tantos meses de preparo, decidiu um dia
esperá-lo até o fim de sua aula e puxar um assunto, perguntar a marca de
seu violão ou as horas talvez, ela queria ouvir sua voz, fazê-lo
perceber sua existência, cansou de ser a menina invisível.
No dia
H, ela pensou na roupa, no cabelo, no perfume, nas frases, no tom de sua
voz, no sorriso que iria usar.
Depois pensou no beijo, no cabelo dele
roçando seus seios, nas mãos deslizando no seu corpo, na respiração
ofegante e libidinosa dos dois entrelaçados no lençol branco de sua
cama. Ela de babydol rosa, um conjunto macio, suave que a deixava
soltinha, livre dentro dele, imaginou o momento se despindo pra ele,
dar-se inteira como sempre sonhou.
Terminou sua aula e postou-se
corajosamente frente à escola de música, encostada à parede, perto da
porta, a garganta seca, as pernas bambas, as mãos suadas, que mal
amparavam a alça da bolsa na mão.
Então, como que em câmara lenta,
o viu projetando o corpo tão sonhado para fora da porta era ainda mais
lindo, alto, pele acetinada, morena, cabelos soltos, sentiu seu corpo
todo se retrair, como num espasmo, Leninha quase perdeu seu objeto de
vista, mas não, viu-o em seguida encostado à parede, do lado oposto da
que ela estava, olhava-o de canto, sem parar de tremer, rezando para
todos os santos para que conseguisse, que calmamente dirigisse a ele uma
palavra que fosse, só uma, a palavra que seria a primeira de muitas.
E
num rompante que quase travou todos os seus músculos, deu três passos
na direção dele e articulou quase com desespero as primeiras palavras:
“...que horas...”, embora tenha observado que ele não trazia relógio no
pulso.
No momento a seguir em que ela viu seus olhos pousados nela e que
sua linda boca começava a articular algo, inesperadamente uma mulher
correu na direção dele, vinda do outro lado da rua e arremessou seu
corpo de curvas perfeitas de encontro ao corpo dele, que correspondeu
com um riso escancarado ao abraço sôfrego, rodopiaram no ar, grudados,
onde os cabelos longos dos dois se misturavam e onde bocas indefinidas e
línguas molhadas passeavam, ardendo em desejo um balé de braços,
pernas, beijos, cabelos, mãos, olhares e afagos.
E Leninha ali,
parada, a um metro da cena, imóvel. O momento descongelou-se quando ela
ainda pôde ver o casal caminhando pela calçada, na direção oposta da
dela, abraçados, rindo e falando alto, loucos de amor, totalmente
indiferentes à presença da menina, ainda olhou a bunda perfeita da moça
rebolando num vestido balonê.
Ela então, livrando-se da
imobilidade correu, correu muito, em prantos, rasgando aos pedaços a
saia nova que comprara para o encontro, tirando da boca, com as costas
das mãos, o batom que pela primeira vez passara, depois de muitos anos.
Naquele momento seu castelo de cristal quebrou, não tinha equilíbrio
para entender que aquela paixão platônica seria superada, pois como só
nós sabemos, ela estava obcecada., Leninha perdera o tempo exato de
agir, esperou, sua timidez a fez perder o tempo do amor...
Por:
Wcastanheira Para uma pessoa especial, timida que curte o
amor platônico, perde o time, não avança, vê a amiga, amiga? Avançar,
tomar conta, apropriar-se, o amor tem seu tempo, a vida é feita de ação,
o invisível, não é percebido, então vá à luta, apareça para ser
vista e lembrada ou a banda passa e você apenas vê, da janela. Pra vcs
bjos e bjos.
Natal é época de encontrar antigas amizades, Rever familiares que durante o ano todo não deram um telefonema. O ano passa na correria, E natal é época de parar e restaurar as forças para mais um ano. Natal é época de amor, Época de encontros. Momento de rever tudo o que durante o ano passou-se despercebido. Natal é planejar uma noite diferente, um instante iluminado. Natal… é ansiar por instantes de alegria e de conforto, Na presença escolhida a dedo de pessoas que fazem parte de sua vida. Presentes e mais presentes, com um único significado: “Lembrei-me de Você! Feliz Natal”
ResponderExcluirEstou de volta amigo.
beijooo.
Olá...
ResponderExcluir♥ hum, um ótimo texto, cheio de detalhes, amor platônico rs, me lembro de quando estudava sobre esse termo no colégio na aula de filosofia... quem nunca teve um amor platônico néh?!!!
Pinkiss
by; Renata Princess ♥
http://my-life-pink-s2.blogspot.com
Conheço histórias parecidas de filmes, rsrs!
ResponderExcluirPode parecer loucura, mas tinha uma amiga na escola que se encaixa bem nessa história, juro mesmo rs!!!
ResponderExcluirBeijinhos, Té
bloglola.com.br
Ps: meninas, não esqueçam de participar do #SORTEIO de Natal que está no ar!! Além de ser super fácil concorrer, duas sortudas levarão para casa prêmios M.A.C, L´oréal, Victoria´s Secret e Aussie ♥
Disse tudo aqui :
ResponderExcluiro amor tem seu tempo, a vida é feita de ação, o invisível, não é percebido,
Atitude é tudo.
Beijos querido, otimo dia.f