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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Delírio...Olavo Bilac





Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais, ela dizia:
Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!

Na inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca obedecia,
E os seus seios, tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.

Em suspiros de gozos infinitos
Disse-me ela, ainda quase em grito:
Mais abaixo, meu bem! ? num frenesi.

No seu ventre pousei a minha boca,
Mais abaixo, meu bem! Disse ela, louca,
Moralistas, perdoai! Obedeci...
Olavo Bilac


Por: Wcastanheira Um mimo...Hoje um delírio do imensurável Bilac, bom pra vcs, estão livres dos delírios de fim de tarde deste vate insistente em assim chamar-se. Pra vcs bjos e bjos.

5 comentários:

  1. Lindo poema. Sempre me lembro da frase dele: Ora direis ouvir estrelas!
    Quando se trata de amor, tudo que é feito para ele é lícito. ;)

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  2. Amo os teus delírios!
    Um grande bj delirante amigo

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  3. Meu querido amigo, estou voltando de um tempo de férias encontrando um belo poema por aqui e também, venho hoje te desejar um 2012 maravilhosooooo...beijos e feliz dia!
    Valéria

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  4. Um delíro cheio de paixão e intensidade....


    Feliz 2012

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  5. Nada a comentar, é de Olavo Bilac, tudo dito,
    Maravilhosamente.

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