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domingo, 8 de julho de 2012

Vou te esquecendo a cada dia, bem devagarinho...

Passam os dias, os meses e não esqueço aquele jeito de me olhar, claro que ainda tenho comigo o sabor daquele beijo e guardo a marca dos seus dentes delicados em meus lábios ainda marcados, nunca procurei esquecer aquele frio na pele, aquele arrepio mais profundo, mesmo que queiras roubar os meus últimos pensamentos...
Hoje estive tão perdido, tão perto de te esquecer que por momentos esqueci, que desejo sempre, mas sempre lembrar-me de ti.
Guardo comigo todos os abismos, entre eles o mais profundo, o mais delicado e também o mais difícil de conviver, a certeza de que lentamente, infelizmente, hei de te esquecer.
Hoje sei que já não olhas o sol nascendo e o poente já não te encanta, já não brincas de rolar na grama ou deitar no campo e sequer admiras a beleza de cada pingo da chuva, talvez tenhas perdido a magia de sonhar adimrando o azul do céu o a mágica estrela cadente das noites límpidas do nosso verão.
Hoje descobri que deixaste a poesia de lado e que fostes conviver com nosso passado, talvez você perceba como é ruim andar sozinha, por aí sem ter alguém para tocar suas mãos com o calor e  a ternura que toquei.
Pelo que me dizem de ti, parece que você nunca, jamais, esteve aqui.
Hoje já não posso tocar teu rosto, viajar entre teus nãos e meus apelos de avançar sempre um pouco mais e por isso meus dias são diferentes, nunca mais foram tão lindos, tão iguais, não posso  beijar sua alma, mas basta-me acreditar que um dia você foi assim, um sol quente em minha vida, uma canção leve a burilar meu ouvido, a tanger meu coração e a secar meu pensamento.
Mesmo que peças para lhe esquecer, sei lá é tão bom contigo viver, você construiu no meu coração esta imensa morada e sem avisar, sem me preparar teve  o requinte de me deixar.
Ficou a vontade de mais um pouquinho, ficou esta louca, saudade apertada, parece que por toda a vida, haverá aquela canção, a primavera, o campo, as flores, a chuva, nossa estradinha, tua blusa, tua saia molhadinha, teu riso, tua franjinha.
Hoje ainda tenho mil pensamentos e ninguém tenta desvendá-los, pois agora eu sou assim, um mistério sem fim, nem  que venhas pedir para esquecer seu cabelo, seu amor, seu carinho, não tenho pressa, vou andando, deixando sua imagem pelo caminho, vou te esquecendo a cada dia, bem, bem devagarinho.

Por Wcastanheira  Em delírios de um final de tarde, viajando na delícia de lembrar um doce momento, se foi amor? Não sei, mas sei q foi muiiito bom. Pra vcs, bjos, bjos.

5 comentários:

  1. Oi Castanheira,

    Agora que está frio no Brasil, precisa de companhia, né?
    Vai esquecendo ela, bem devargarzinho, mas vá pensando noutra, bem rapidinho.

    Boa semana.
    Beijos da Luz.

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  2. "O amor guardado no peito
    e nas lembranças não traz
    felicidades, somente saudades!
    Esse amor preso na memoria, não
    traz vida, mas sim, fica preso
    em tua historia...Deixe o passado
    e viva o presente, abrindo teu
    coração e deixando que um novo amor,
    bem devagarzinho, sorrateiramente...entre!"

    Lembranças são boas, mas somente se for para
    lembrar algo que ainda nos faz felis, que ainda
    existe em nossas vidas...Abraços e obrigada pelo
    carinho de sempre...Sempre tão gentil!

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  3. Olá o seu blog está cada dia mais interessante!
    Obrigada pela visita beijinhos.

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  4. O tio está nostálgico nessas últimas postagens, mostrando sentimentalidade e sensibilidade ao lembrar dos amores que marcam a vida.

    Te convido a ler "Nas luas..." e "Pleno Querer" minhas últimas postagens.

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  5. Muito profundo, faz agente viajar dentre os mundos ocultos de nossa mente, mergulhando na imaginação... Parabéns pela sua obra literária, a Arte paira em sua mente. Abraços

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