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segunda-feira, 2 de abril de 2018

O amor, tão nobre, tão denso....


O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, as vezes acaba e sem avisar rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, quando o amor se encerra bruscamente deve ser porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vai saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável.
Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro e vai um pouco de dor pra cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático, pois além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro,  em si próprio, ainda que com menos gravidade.
E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade.
Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro, esquinas nos deixam tristes, bancos nos inquietam e lugares e mais lugares insistimos em não voltar a cruzar, quando vemos alguém recebendo flores, ai que saudade e quando o telefone toca, quanta agonia, a casa entristece, o sofá se esvazia...

POR: Wcastanheira Em delírios do poeta, hoje delirando na tristeza que por vezes deixa um amor que se vai...Pra vcs bjinhos e bjinhos.

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