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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Sofrer por amor Martha Medeiros

Definitivo, como tudo o que é simples. 
Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas, imaginadas e não se cumpriram, dos sonhos e ilusões, daquilo que antevíamos e não foi real.
Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas,  por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade, pelo amasso que não aconteceu ou o sexo que não rolou.
Sofremos por ter imaginado que encontramos finalmente a mulher ou o homem imune à mentira e concluímos que igual a tantos também é falível.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e ganhamos pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos por ter achado que encontramos alguém especial, como no sonho e concluímos que ninguém é especial, apenas pode ser um pouco diferente.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. 
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Sofremos pelos desencontros destes amores da maturidade quando você imagina, ter encontrado o par, par? Sincero, honesto e fiel e repentinamente vem a desilusão, também mente, também engana e agora busco outro?
Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável,um tempo feliz., mas em nossa mente o amor tem que ser eterno e fiel.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? 
A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!Não à ilusão, entregue a carne, mas reserve a alma e o coração!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.
Resolução: Arrisque novamente, dê outra chance e outra e mais outra, mas ame se o amor termina por um deslize ou uma mentira, ora bolas que amor era este??
A dor é inevitável. O sofrimento é opcional...
Martha Medeiros

POR: Wcastanheira  Em delírios de um final de tarde ainda assim, meio sem ânimo ou inspiração, pois acho que poetas são mesmo mais sensíveis à dor e entendem menos aos normais, coisas assim destes malucos e ainda visionários do amor puro, sincero e fiel, será que encontrarão? Pra vcs bjinhos e  bjinhos.

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