Apenas a coragem ou como queira, a falta de iniciativa impedia que ele
namorasse sua musa, uma vez que ela com naturalidade entendia e aceitava sua
corte quase diária, talvez como diz o poeta...
_Ela entende meu amor, mas não ousa dizer que me ama, antes do meu, eu te
amo.
Ela aceita sua companhia nos encontros casuais, que por vezes não são tão
inesperados assim, ela entende como amizade a espera por sua saída da academia
e aceita sua boa companhia até o portão da sua casa, como estas boas
coincidências aconteciam de forma repetitiva, ela aos poucos foi percebendo que
estava sendo cortejada, já não mais como uma boa amiga e sim como um musa
inspiradora de amor, a ele, faltava jeito ou coragem de fazer a esperada declaração
de amor, chegava em casa encantado com a beleza e a simpatia da boa companhia e
a cada dia um novo convite e ela sempre aceitando com bom humor e a desculpa de
uma grande amizade que se estendia da família até ele, ela sabia o quanto lhe
fazia bem este momento.
Um dia, após pensar e meditar arriscou convidar sua musa para um passeio
maior e foram conversar à beira mar, sempre com a amizade como desculpa para
encobrir o amor que um já percebia no outro, finalmente amigos adultos e
maduros não se acompanham tão de perto assim, mas a praia, o mar quem sabe lá
as coisas acontecem de forma mais natural, mulheres e mar mantém uma
simbiosidade inexplicável, a energia vinda da água libera a mulher, o clima de
praia deixa-as mais soltinhas, mais liberadas
à boa conversa e um encontro mais íntimo do que o natural em suas vidas
de rotina...
Amigos reunidos, boa conversa e um convívio descontraído facilitaram o
encontro e os olhares de cumplicidade um com o outro, os dois ali ombros quase
encostados, energia pura e calor humano,
mas o amor não fala, o amor deixa que o coração transmita o que ele
vive, por vezes bastam olhares, mas por outras, algumas palavras, ainda que
poucas são necessárias para esta conclusão e união de corpos e sentimentos, o
que a musa deixa-o perceber falta-lhe coragem ou jeito para dizer...
_Eu te amo, vamos namorar?
Ela faz tempo percebe e aceita todo este carinho, mulheres gostam de
experimentar este limite entre o ato e o fato no amor, faz parte da existência
feminina, mantido em encontros nada casuais, as amizades percebem, mas falta
algo para que tudo aconteça, ele consegue fácil penetração na vida dela com a
desculpa de que a família é amiga, mas nestes casos a amizade é justamente o
que dificulta o encontro e o namoro, a timidez em nada ajuda quando a
aproximação precisa de atos de fato.
O tempo passa e ele mantém-se por perto sempre, corteja, convida, visita,
curti nas redes sociais, mas falta a iniciativa da declaração de amor, ela sabe
disto, aceita, faz de conta que não entende, as mulheres adoram este falcete,
mas ser cortejada é uma delícia na vida delas que aceitam conviver com esta
realidade e gosta de ser assediada por todos os lados, gosta de sentir que
domina a situação e o mantém como uma possível opção, no caso de alguma necessidade
de amor ou carinho, ele está ali, à mão, é só deixar-se ser amada e possuída
por ele, falta apenas ouvir o convite final, uma vez que ações de cortejo
dizem, mas é preciso que um dos dois quebre a barreira do sim e diga o que verdadeiramente o coração está gritando.
Diz o poema...As vezes o coração fala e a alma grita, porém a garganta
engasga por algum motivo, assim um jamais diz ao outro...
_Eu também, te amo, pois o amor mistura-se à amizade...
POR: Wcastanheira Em delírios de um
final de tarde, hoje, viajando nestes relacionamentos que parecem extrapolar
os limites, porém um nega ao outro e a amizade segue ocupando o caminho de um
outro tipo, de amor. Pra vcs bjinhos e
bjinhos.
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