Existe duas dores de amor. A primeira é quando a relação termina e a gente,
seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação
de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão envolvidos
que não conseguimos ver luz no fim do túnel.
A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.
Você deve achar que eu bebi, se a luz está sendo vista, adeus dor, não seria assim? Mais ou menos, há, como falei, duas dores, a mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado, mas quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por ninguém, dói também.
Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou, muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém, é que, sem se darem conta, não querem se desprender. Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um suvenir de uma época bonita que foi vivida, passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação com a qual a gente se apega, faz parte de nós.
A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.
Você deve achar que eu bebi, se a luz está sendo vista, adeus dor, não seria assim? Mais ou menos, há, como falei, duas dores, a mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado, mas quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por ninguém, dói também.
Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou, muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém, é que, sem se darem conta, não querem se desprender. Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um suvenir de uma época bonita que foi vivida, passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação com a qual a gente se apega, faz parte de nós.
Queremos,
logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir
mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se
na gente e que só com muito esforço é possível alforriar.
É uma dor mais amena, quase imperceptível, talvez, por isso, costuma durar mais do que a dor-de-cotovelo propriamente dita, é uma dor que nos confunde, parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra.
É uma dor mais amena, quase imperceptível, talvez, por isso, costuma durar mais do que a dor-de-cotovelo propriamente dita, é uma dor que nos confunde, parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra.
A pessoa
que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos
por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava
dentro das estatísticas: eu amo, logo existo.
Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo, é o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente, do coração, da alma , das entranhas, pois o cheiro e o som ficam, permanecem por muito e muito tempo....
Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo, é o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente, do coração, da alma , das entranhas, pois o cheiro e o som ficam, permanecem por muito e muito tempo....
POR: Wcastanheira Em delírios do poeta, hoje apenas copiando este mimo
da Martha Medeiros, uma pérola do conto de amor. Pra vcs bjinhos e bjinhos.
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