Quantos
pedaços formam uma mulher? Tantos que ela vive inacabada.
Nossos pedaços custam a se encaixar. O epicentro do quebra-cabeça costuma ser a maternidade, um pedaço grande que precisa combinar com o pedaço da luxúria, com o pedaço da solidão e também com aquela artezinha da preguiça, que ninguém avisou que fazia parte do jogo.
Há peças variadas, que vistas separadamente, não têm nada a ver uma com a outra, mas juntas fazem o shazam.
Nossos pedaços custam a se encaixar. O epicentro do quebra-cabeça costuma ser a maternidade, um pedaço grande que precisa combinar com o pedaço da luxúria, com o pedaço da solidão e também com aquela artezinha da preguiça, que ninguém avisou que fazia parte do jogo.
Há peças variadas, que vistas separadamente, não têm nada a ver uma com a outra, mas juntas fazem o shazam.
O pedaço
da submissão que precisava encaixar com o pedaço da rebeldia, o pedaço da
juventude que tem que encaixar com o pedaço da menopausa, um pedaço desgarrado
que tem que encaixar com o imenso pedaço da nossa árvore genealógica, e vários
outros pedaços aparentemente sem combinação: nossa parte homem, nossa parte
criança, nossa parte louca, nossa parte santa, nossa parte lúcida, nossa parte
conveniente, nossa parte viciada, e mais aquelas desgastadas pelo uso, e umas
que se perderam, e outras tão pequenas que ficaram invisíveis. Como encaixar o
que não se revela nem para nós mesmas?
Almadôvar filma as mulheres como se elas fossem pizzas de vários sabores. Mezzo freiras, mezzo HIV positivas. Mezzo doces, mezzo apimentadas. Mezzo dramáticas, mezzo divertidas. Almadôvar nunca fecha o quebra cabeça, apenas esparrama na tela os vários pedaços que, unidos, nos transformariam num ser único, e que, uma vez pronto, já não empolgariam ninguém.
Almadôvar filma as mulheres como se elas fossem pizzas de vários sabores. Mezzo freiras, mezzo HIV positivas. Mezzo doces, mezzo apimentadas. Mezzo dramáticas, mezzo divertidas. Almadôvar nunca fecha o quebra cabeça, apenas esparrama na tela os vários pedaços que, unidos, nos transformariam num ser único, e que, uma vez pronto, já não empolgariam ninguém.
Daí a
importância se haver sempre uma peça faltando, pois é isso que nos mantém
acordadas, assim no cinema como na vida.
Mulher em
pedaços de sexo, de prazer, de lamento, de calma, de acalmar, de dar e assim
tão pouco receber e ainda tem que amar, sonhar e compreender e viver....
POR: Wcastanheira Em delírios do poeta, dedicado à estas mulheres
fantásticas q em meio a isso tudo ainda tentam e conseguem, nos compreender,
nos acalmar, nós homens. Pra vcs bjinhos e bjinhos.
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