Mas se eu tivesse ficado, será que teria sido diferente?
Melhor interromper o
processo em meio: quando se imagina o fim, quando se imagina que mais adiante doerá
muito mais -por que ir em frente?
Não há sentido: melhor escapar
deixando uma lembrança qualquer, um lenço esquecido numa gaveta, camisa
jogada na cadeira, uma roupa num canto da gaveta, uma fotografia – qualquer coisa que depois de muito
tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê.
Melhor do
que não sobrar nada e que esse nada seja áspero, doído como um tempo
perdido.
Eu prefiro viver a ilusão do quase, quando estou "quase" certo
que desistindo naquele momento vou levar comigo uma coisa bonita, pode ser covarde, pode ser falta de vontade de arriscar, pode ser tanta coisa...
Quando
eu "quase" tenho certeza que insistir naquilo vai me fazer sofrer, que
insistir em algo ou alguém pode não terminar da melhor maneira, que pode
não ser do jeito que eu queria que fosse, eu jogo tudo pro alto, sem
arrependimentos futuros!
Eu prefiro viver com a incerteza de poder ter
dado certo, que com a certeza de ter acabado em dor, de ter que perceber que estou sendo esquecido ou quem sabe, substituído.
Talvez loucura,
medo, eu diria covardia, loucura quem sabe ou pode ser que seja esta mistura de todas as fraquesas humanas num só homem!
Mas pelo menos posso dizer...
Valeu, foi bom, deixou saudades, ficou a imagem e a lembrança das loucuras vividas, dos momentos inventados, dos acasos e das fugidas, melhor assim, que ter que dizer, admitir...
Fracassei, foi um fiasco, fui trocado, substituído, nesta relação, saí falido.
POR...Wcastanheira Em delírios de um final de tarde, hoje navegando neste sentimento que por vezes nos invade, nos perburba e inquieta, coisa deste maluco poeta, ainda visionário do amor. Pra vc bjinhos e bjinhos
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