Caminhava
fazia alguns minutos, o céu nublado e o vento fresco tornavam o trajeto
agradável.
A padaria não ficava tão longe e eu precisava andar apenas um
pouco, pensar sobre as coisas boas que andaram acontecendo nos últimos
dias. Comprar três pães eram suficientes, na fila do caixa vi a prateleira de
revistas e livros, modesta como qualquer uma delas fora de uma livraria.
O morro dos ventos uivantes, Casal Feliz Enriquece Junto, Como Parar de
Fumar. Peguei o último e folheei, minha vez chegou, coloquei o livro de
volta, paguei os pães e fui embora.
Na volta resolvi reparar mais no caminho que hoje parecia diferente, os muros com reboco sem pintura, os prédios todos iguais, as árvores nas calçadas, a faixa branca de cal demarcando o meio-fio, os paralelepípedos das ruas., tudo parecia menos duro: Aquele cinza, os portões pretos ou enferrujados e as próprias pessoas, era estranho, pois nada havia mudado naquela rua desde que me mudara pra lá há quatro anos, talvez eu tivesse mudado e só agora reparasse na beleza daquela simplicidade sem brilho, o amor nos faz mudar critérios e visões.
Na volta resolvi reparar mais no caminho que hoje parecia diferente, os muros com reboco sem pintura, os prédios todos iguais, as árvores nas calçadas, a faixa branca de cal demarcando o meio-fio, os paralelepípedos das ruas., tudo parecia menos duro: Aquele cinza, os portões pretos ou enferrujados e as próprias pessoas, era estranho, pois nada havia mudado naquela rua desde que me mudara pra lá há quatro anos, talvez eu tivesse mudado e só agora reparasse na beleza daquela simplicidade sem brilho, o amor nos faz mudar critérios e visões.
Virei à esquina e parei na
banca de jornal para comprar cigarros e seguir para casa. Subi as
escadas, coloquei as coisas na mesa e ela ainda estava lá, deitada sobre
os lençóis revirados, dei um leve suspiro, não sei se de alívio ou de
felicidade, as coisas pareciam dar certo e talvez fosse só impressão,
mas não me importava com isso.
Abri um pouco as cortinas, o sol
permanecia tímido, praticamente nulo, as nuvens deixavam o tempo
agradável ao corpo e aos olhos, não era muito de sol e não estar
novamente sozinho não era de todo mau, sempre dá-me prazer a sua volta o seu retorno ao lar e meu convívio, as coisas estavam fora do lugar,
mas, nem que por um determinado espaço de tempo, em um lugar melhor abri a janela e acendi um cigarro.
Ela abriu os olhos e acho me
viu dando o último trago, espreguiçou-se, sorriu passando as mãos
fechadas sobre o rosto sem dizer nada, ofereci o café que havia feito há
pouco enquanto ela se ajeitava na cama e me olhava, não havia muita
coisa a dizer, acho que ela sentia o mesmo que eu naquele momento: Paz ou apenas vontade de fumar, pois pediu um cigarro junto com o café.
Ficamos
uns dez minutos em silêncio e aquilo já era melhor que o vazio do
apartamento antes de sua presença, o seu silêncio quase sempre preenche minhas angustias, basta ela ali, nos entendemos no silêncio da sua alma, na quietude do ser, nos entendemos até mesmo no grito silencioso do seu orgasmo, no seu jeito de contorcer-se feliz e jamais pronunciar meu nome, ela, apenas ela no meu quarto já basta-me, preenche todos os espaços, satisfaz meu deleite de prazer do amor, ela entende meus sucessos e aquieta-se diante dos meus fracassos na cama, apenas na cama, pois na vida sacode comigo e desperta meu ser.
Colocou as pernas pra fora da cama e
se sentou. Ainda estava nua estava seu corpo e acho que sua alma, nossas almas quando nuas, desprovidas de todas as defesas, se entendem muito bem, porém quando partem pra defesa normalmente brigamos, discutimos e nos separamos.
Ela colocou os pés sobre o carpete, olhou para a janela, ofereceu-me um sorriso tipo Monaliza e assim nua em alma e corpo partiu para o deleite do seu banho, arrisquei perguntar, _fica para o almoço?
_Não sei, nem sei se termino meu banho, mas se terminar desejo até o almoço, te amar...
_Vai ficar?
_Vou te amar, depois, só depois saberei se devo ficar...
Assim tomou seu banho, retornou nua, esbelta, linda e em silêncio, ainda...
POR; Wcastanheira Em delírios de um final de tarde, hoje viajando na delicia de um amor, misterioso, silencioso. Pra vcs bjos e bjos.
Lindo, adorei!
ResponderExcluirObrigada por visitar meu blog.
Post novo, tô te esperando lá viu? ♥
BLOG: http://tudodiferentecomsamaralima.blogspot.com.br/
Instagram: @samaralima_03
Big beijos, *-*
Feliz sabado!!!!
ResponderExcluirAbraço fraterno
Nicinha
Gisele Diva s2.. rs *-* Lindo seu texto, ótimo sábado, beijão
ResponderExcluirLindo@!
ResponderExcluirTem post novo viu?
BLOG: http://tudodiferentecomsamaralima.blogspot.com.br/
Instagram: @samaralima_03
Big beijos, *-*
Adorei o texto! beijos e belo sábado.
ResponderExcluirBoa noite de novo e de novo...rsrs
ResponderExcluirNossa, minha imaginação voou longe,
mas ao contrario, como se ele estivesse
no lugar dela..."Ele diz, vou tomar banho
e se conseguir terminar, volto para cama
e te amo de novo!" Ai, Tio Castanha, que delicia
de micro conto, puro delírio que me fez delirar...
imaginar, sonhar com meu anjo querendo ficar...
Bjos Tia Si