Começou cedo com olhares furtivos e
encontros casuais, apenas pelas roubadinhas das manhãs ou quem sabe as caminhadas
nas estradas empoeiradas do interior, eram adolescentes ainda e talvez
nem soubessem das delicias e das falcatruas do amor, eram discretos e despretensiosos
abanos e acenos de fortuitos sorrisos, mas a vida andou o tempo os conduziu por
caminhos tão diferentes e tão geograficamente distantes que um jamais soubera
do outro e quem sabe também um jamais pensasse na vida do outro, pois o tempo
levou com ele imagens e nem saudades deixou para curtir, uma vez que caminhos
diferentes, levaram á vidas distantes.
Mas naquele dia quente na cidade grande
algo deveria de acontecer de inesperado, inusitado e talvez quase
inimaginável, na descida do ônibus os olhares se cruzaram e pararam, quase
tremeram ou quem sabe tremeram em luzes de surpresa, prazer e alegria, num
misto de pergunta, depois de tanto tempo e agora o que fazer....
Se abraçaram, conversaram e decidiram sair
pelas ruas da cidade passeando de mãos dadas, num caminhar lento, interrompido por olhares e mimos, carícias e beijos....Os anos passaram, a vida andou, nem
havia saudades, mas existia uma cinza adormecida que parece precisava
apenas e tão somente de um encontro, sem preguntas pois não necessitava de
respostas, uma vez que toda e qualquer coisa terminaria num belo e alegre, sim
e quero, os dois sabiam disto, nunca imaginaram, mas a resposta estava impregnada na alma e no coração, o destino, havia reservado para eles e guardado consigo, todos os sins que não aconteceram no passado.
Ao chegar ao hotel naquela tarde de calor
quase beirando ao insuportável, subiram, sorriram, provaram um o sabor do outro
e entraram para ter conversas e caricias que combinavam com aquele delicioso
momento, ao entrar nenhum dos dois percebeu que na modernidade do tempo hoje
não se usam mais chaves, apenas cartões magnéticos de acionamento geral, entre
beijos e abraços os corpos aqueceram, o suor desceu e o calor foi aos poucos
vencendo aos dois que não atinavam acionar ao arcondicionado, nada funcionava,
tudo desligado, pois ligados só estavam eles um no outro, assim ficaram respirando
o ar vindo da janela e envolvidos na paixão e no frenesi da tesão, não
conseguiam sequer ligar o arcondicionado do quarto, o tempo passou e a moça chegou e ar refrescou
os dois amantes, para viverem momentos inesquecíveis de prazer e luxuria, matando a
saudade bem matadinha e deixando ali o sumo e o suco do deleite máximo do amor
guardado entre eles, saíram para caminhar pela cidade desfilar suas felicidades
pelas praças e jardins, ruas e praias, pois só os dois sabem da felicidade e da
espera deste encontro, sem perceber o tempo passou, pois para os amantes horas
são apenas minutos, quando ela falou....Amor temos que almoçar levantei
muito cedo, o que levou os amantes a uma simples conclusão, o amor pode
sobreviver numa cabana, mas não sem comida, sem alimento para os corpos
desgastados pelo ato de amor, quando estamos apaixonados esquecemos até coisas
práticas da vida pois quando o amor acontece não pede licença ao mundo, ele envolve,
apaga memórias, desvia atenções e abraça corações, só...
POR: Wcastanheira Em delírios de um final de tarde, hoje imaginando, navegando na delicia destes encontros de seres apaixonados, curtindo a força e a cegueira da paixão, onde coisas acontecem que só os amantes explicam, pois só eles vivenciam. Pra vcs bjinhos e bjinhos.
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