Era final de
festa, a piscina que borbulhara de tanta gente, acomodava apenas alguns casais
que insistiam em olhares ou beijos que mais pareciam intermináveis respiração
boca à boca, entre convidados e amigos quase todos estavam acomodados ou em
busca de um último olhar, uma última conversa...
Ainda alguma
coisa poderia de especial, acontecer, pois em final de festa algumas pessoas
aceitam inesperados ou imaginados convites do tipo, quem sabe a gente sai de dá
uma volta na praia, finalmente a madrugada recém começou e o calor está
convidativo para uma caminhada à beira mar, o mar tem a magia de quebrar tabus e tem o encanto e aproximar as pessoas...
Quem sabe vamos embora juntos, coisas assim, sem nenhuma maldade, apenas uma boa amizade.
Quem sabe vamos embora juntos, coisas assim, sem nenhuma maldade, apenas uma boa amizade.
Assim a
noite vai entregando sua emoção à beleza da madrugada, as pessoas ficam mais
vulneráveis, os sentimentos afloram com mais facilidade, os tabus caem e alguns
conceitos de conservadorismo se rendem a um convite impregnado de romantismo ou
boa ideia para aquele momento, os diferentes já até se atraem e os desconhecidos
ao final da festa nem são tão desconhecidos assim, já circularam, já trocaram
conversas, já saborearam do mesmo drink, as crianças já dormem o seu sono
infantil, os idosos cansados e
entediados já se recolheram e então ao final da festa restam apenas as pessoas
com mais energias ou com pensamentos mais folgazes e mais dispostas, finalmente
a hora que um cansa nem sempre é a mesma para todos, sair um pouquinho, sentir
a brisa do mar, passear pelas ruas quase desertas, conversar, trocar ideias
quase nada tem a ver com desrespeito, mas pode ser o começo de uma bela
distração para um momento de atração pelas descobertas pessoais um do outro, a
festa foi normal, a piscina estava boa, o churrasquinho uma delícia, os
aperitivos ao ponto, os convidados tudo gente amiga e alegre, quer dizer o assunto flui fácil e com igual conhecimento
de ambas partes, agora somos nós dois na madrugada e à beira mar, conversa boa,
risadas soltas e o melhor clima para um bom entendimento, pequenas confissões,
delírios poéticos, banalidades, futilidades do dia a dia, vamos nos envolvendo
aos poucos na surpresa que cada um de nós oferece ao outro ao abrir nosso
coração, alguns conceitos caem, alguns limites também, esquecemos algumas regras e porque não, algumas juras e promessas, finalmente nem somos tão
diferentes assim...
Final de
festa, um momento para jogar um pouco mais de conversa fora e as vezes jogadas
de uma para outra pessoa que estava interessada em conhecer nossas diferenças,
pode acontecer até assim, meio sem querer, meio com sabor de pecado, mas não há
pecado em pecar ao final de uma boa festa, entre pessoas que ficaram nossas
amigas por serem amigas de amigas, o enredo é simples e o desfecho mais simples
ainda, festas servem para quebrar paradigmas e convencer algumas pessoas, de que
não há pecado em pecar num final de uma boa festa...
POR:
Wcastanheira Em delírios de um final
de tarde, hoje divagando, navegando nestas relações que nascem, que surgem em
festas de amizades, nestes dias especiais onde algumas correntes são liberadas
e alguns conceitos derrubados, juntos com paradigmas que julgávamos importantes, mas caem. Pra vcs bjinhos e bjinhos.
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