
Os cabelos macios de Fernandinha deixavam-me ainda mais encantado com a beleza, o aroma e a graça daquele corpo, minhas mãos deslizam no perfil intenso do que vejo, traços suaves, delicados, imerso numa viagem entre curvas e montanhas , meu pensamento delira, confuso numa imensa e bela paisagem, ela loucamente enlaça seus dedos aos meus, minha mão percorre tal qual pintor, em detalhes, cada milímetro daquela planície curvilínea, no silêncio desta magia somos escultor e escultura, desenho e pintura.
Por um momento mais pareces um vulcão em plena erupção, Fernandinha agita os cabelos e enreda-me numa imensa volúpia de prazer, sou um rio correndo frenético em direção do seu mar, um aconchego pra suas águas agitadas, quero ser a calmaria de um mar para receber toda a fúria do seu fogo e na noite calma, de lua plena ,ver teus olhos adormecerem, fechados, em sonhos embalados, neste murmúrio das ondas, meu corpo cansado e despido, vê o universo que me ofereces, dá graças ao céu, por poder a cada dia descobrir, teu véu, minha mão repousa sobre teu corpo adormecido, como lençol mágico que para te acalmar...basta.
Ao admirar a beleza de Fernandinha, minha alma voa para mundos infinitos, perto dela, sou barco sem rumo traçado, perdido em mar nunca d’antes navegado, minha mão delicadamente navega em sua densa floresta, percebo seu suave e quase inaudível gemido, um prazer dengoso, um piscar de olhos mimoso, o coração parece fazer Tum, Tum, Tum, não sei até onde minha caixa toráxica terá espaço pra tanta excitação, lentamente, suave a quase que de modo inerte vou mergulhando em tuas águas profundas, sentindo teu corpo liquido abraçar meu fervor, somos água e sal, deste mar que nos une, somos a pétala e o beija flor, nada é mais profundo que o nosso momento de amor, assim embalados em um novo tempo deixo-me perceber teu desejo, levo à tua boca, teu próprio sabor, deixas na minha o calor, do teu frescor, neste momento o sol espera pra nascer e diz o poeta que até o mar acalma-se, só pra ver, não tem limite nossa invenção, somos calma e furacão, agora por mais estranho que pareça, somos felizes dos pés a cabeça, provas de mim, um pouco do meu mel, saboreio em tua floresta o sabor que tem, o céu e adormeço assim feliz e de algum modo pervertido, pois acordei contigo, invertido.
Por: Wcastanheira Da série o conto não pode parar, a pedido do meu leitor assíduo, Gamba, o leitor pediu Fernandinha voltou, agora em alto estilo, esta menina provocou demais ao tio, só poderia ter, um final feliz, pra vcs bjos e bjos.