Pesquisar este blog

domingo, 5 de julho de 2009

UMA PARTITURA AO QUINTANA, DOS QUINTANARES.

Minha prece ao Quintana, dos Quintanares, das veses em que abri bailes, falei ao público usando tantos termos deste homem poeta e quantas veses amaciei o ouvido de uma musa minha com os versos deste poeta anjo.
Óh poeta da praça, das musas do rabinho de cavalo, daquelas gurias faceiras, mas... de cóqui, como dizias, -uma mulher precisa ser muito bonira para usar cóqui e... continuar bonita, do teu grande apreço pelas mulheres de salto, que talvez tenhas partido sem entender como desde mocinhas sabem sobre altos saltos a tantos homens encantar, como a morena não cai, como a loira se equilibra e como a mulata, óh mulatinha nos tortura, poeta da inspiração maior, quando na solidão estou, não sei porque vens sempre comigo um pouco estar, doce tempo quando ao passar pela rua da Praia, tínhamos a chance de te ver pelo menos um pouquinho, sentado, ali, no banquinho da mesa de damas.
Óh poeta dos pássaros, ainda hoje é tema de estudos tua Pássargada, -eles passam, eu, passarinho. Quando, jovens estudantes e velhos estudiosos entenderão da profundidade que quisestes dizer?
Amado poeta, na solidão desta noite fria, um anjo teu veio fazer-me uma visita, trouxe a inspiração que busquei por todo o dia e não tive para escrever um conto, pra falar de amor, pra dizer de uma musa, pra tentar encantar alguém. só tua visita faz-me ir até as estrelas, chegar ao céu e falar algo que possa encantar a estas mulheres tão interessadas nas coisas terrenas e tão desdeixados das coisas poéticas.
Óh poeta das musas, das loiras encantadoras, das morenas cintilantes e das outras como assim dizias, como se pra ti só duas têz houvessem, mas por certo as outras, essas outras, como dizias, também ficaram felizes, pois para elas teceste tantas poesias que até parece que uma outra no teu coração residia.
Tenho saudades da tua poesia sem rima, sem método, mas tão metódica e tão rimada que a todos apaixonou, saudades de te ver na feira, a imitar os grtitos do feirante e tentar como tú entender as moças bonitas que diziam que não pagam, mas também... não levam.-óh injustiça, dizias tú, -moça bonita tudo pode, pode extaziar um coração, pode mover uma multidão e pode encantar um rapaz, aquele pão.
Saudade da simplicidade dos teus versos quadradinhos, da ruazinha escura, da visita dos anjos, que só quem escreve sabe desta importância, só hoje entendo quando disseste,_não sei o que escreví, porque? Ora pois , ainda não lí.
óh poeta do sapato florido, das ruas tortuosas do teu Alegrete, das calças curtas da tua vida de menino, do bonde ligeiro que não alcançavas, das musas que cantavas, poetizavas e... em silêncio amavas.
É tão bom ter saudade de quem aprendemos a amar, de quem ensinou-me com seu verso a poetizar, das musas falar, das estrelas cantar, do céu imaginar e do mundo...versejar, passou o poeta, mas ficou a praça, ficou o pássaro, a meninada, a ruazinha,a moça do salto alto, ainda não caiu e a mulata continua a insinuar com seu belo requebrar, ficamos nós a tua visita esperar, aqui a versejar, a procurar de algum modo alguém encantar, se não sabemos, basta em Quintana... falar.

Por; Wcastanheira Minha pequena partitura ao poeta dos poetas, neste mundo que tão rápido tudo passa, para que Quintana, não passe.

Nenhum comentário:

Postar um comentário